quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Lá vai a Empirista! " - diz a Razão.

O meu problema não é ter o Mundo aos meus pés, é ter os pés no Mundo, no chão...
Mas no dia em que eu me tornar eterna, vais te lembrar de mim.


Pois bem...eu sou a formiga que segue o trilho da Rainha. Eu SOU a Rainha.
Nunca me acabo, há sempre mais de mim, há sempre mais no horizonte que apenas uma linha desfocada sobre os desejos de outrem.
Sou cabeça dura e sou de dura cabeça. Que comprove a parede em que bati! Fez moça, doeu, criou em mim e de mim aquilo que sou te ouvindo.
Ninguém sabe, e depois de o escrever aqui, ainda menos pessoas o ficaram a saber, que as minhas mãos eram consideradas perigo nacional, algo que deveria supostamente ser ilegal. Algo que poderia talvez ser monstro escondido debaixo das camas dos pequenos sonhadores porque.... "Tudo o que tocas, estragas".
As minhas facetas, das quais não me lembro viver sem, apêndices de mim, armas de guerra, de ti cuidei, como uma mãe de um filho, e no dia em que caíres e te desfizeres em bruma, derramares sangue frio sobre terra empoeirada, eu chorarei, tal como chorei no escuro do meu quarto, no meu celeiro, já que sou a ovelha negra destas terras.
Mas esse choro, essa magoa não foi em vão, não, não! A respiração tornou-se profissional, autodidacta. OU, talvez o mestre foi o silêncio da fraqueza que queria manter transparente. De qualquer das maneiras, eu ponho-te em prática, todos os dias da minha vida, não fosses tu, o meu combustível. E não estou a falar de respirar meus queridos...
E as tempestades,
da qual eu sou a organizadora de tais eventos, são brechas de fogo que eu fiz o favor de as documentar para futuras emoções, ou futuras almas, caso no futuro não sejam a mesma coisa.
Então agora, por ordem (alguma vez na minha vida tinha de a ter)...
Eu toco-te, e para bem dos meus pecados não te estrago, não seria humano fazê-lo, e eu sendo uma não imortal, fica sempre bem seguir as minhas próprias regras, logo nos meus braços não morrerás, nos braços deste monstro que te acaricia com escalas de respeito e dedicação, dedicação essa sempre presente sendo ela as vezes mais bemol que sustenida, mas mesmo assim....
Eu faço-te em mim. Eu faço-me em ti. Esqueço o lar que habito, corpo que nasceu comigo, e ofereço-o a ti como casa, mesmo sendo por breves instantes. Tu representas-me, e eu represento-te.
Eu, graças a ti, fui a mãe de tantos desastres... pois,se apenas duas asas de borboleta batendo são razões para se preocupar, então mandem-me prender... pois dos meus pulmões eu te dei à luz, a Luz da ribalta.
E mais uma vez, lá vai a empirista, escrevendo celebres desastres, tontices de quem não percebe, mais propriamente, TU...Razão. Não me chames, eu não vou. Já te disse, sou de cabeça dura e de dura cabeça, não vale o esforço, não vale a fraca pena. Eu sou a formiga e sou a Rainha. Tu, tu és só mais um com um cérebro e eu, eu sou das poucas com "coração"...agora intriga-te.






Sem comentários:

Enviar um comentário