quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Volta a dar uma volta!

Como tiraste do sol o brilho do entardecer?
Como voltei eu à morte com tuas palavras minhas feitas à anos luz passados ?
Acabei o dia em que nasci a pedir para morrer, acabei com facada de facada, com facada própria ... acabei no chão deitada com janelas enferrujadas de tanta água lá passar, rios, mares por fim secou já que a fonte agora é foz de pensamentos mórbidos que me levam para lugares onde já estive e de onde só saí com tua ajuda, e agora diz-me irmão de vida passada, então como sairei desta ?
Nem sons nem palavras me tiraram daqui. Nem as almas mesmo penadas me querem possuir.
Sou agora algo que se move, coisa que se mexe, objecto que outrora tivera vida...
Não digo estas palavras com dificuldade o que ainda me preocupa mais, não quero ajuda fingida pois não há ajuda mais temida, eu não vivo, eu arrasto pernas e braços que um dia já te agarraram, que já chamaste teus!
Sou qualquer coisa de algures aqui, como fonte que seca, perco os sentidos que me deste, alegria de tanto se desfazer ficou só o ria...coisa que já fiz mas que já não faço mais...
E se de todos os textos que já escrevi aqui este não for o mais sentido então já não sei o que faz do ar meu, o que faz de mim eu mesma, eu já não sei o que sou.
Eu perdi-me no mar que nos separa e as asas que não tinha queimei-as de qualquer forma. agora já não há volta a dar!