terça-feira, 10 de maio de 2011

Cortem-nos as rédeas e não as asas!

Há qualquer coisa cá dentro,
Cá dentro não sei onde
Como os semáforos que bailam na madrugada sem que ninguém os veja,
Sem que ninguém os veja!
A azáfama da alma não me deixa descansar, a angustia e o nervosismo de já não estar no colinho da minha mãe há demasiado tempo, ai...
É isto e aquilo, sempre a puxar, sempre a puxar, sempre a puxar pelo burro de carga cego e velho com a vida tão grande pela frente.

Cortem-nos as rédeas e não as asas!
Parar também é verbo,
Eu também sou gente!

E a vida segue assim, mais parada que lenta
Enforcados em água-benta
Que nem morrer fizeram bem,
Nestas vidas que a gente tem!


Forcados que montam
As ruínas do que era alguém
Porque alguém afinal achou
Que sonhar não fazia bem

O "calada" tentei adoptar,
Veia interrompida não deixou,
Minhas tropas mandei avançar
Disse o sangue que fervilhou.

Acabou.