segunda-feira, 28 de março de 2011

Volta a tez que me voltou

Levemente volta a tez que me voltou.
E a sorte do teu parecer presente para além do mar é só minha.
Voltei novamente a escrever sobre ti
e quem já está cansado de saber de teu paradeiro dê então o que falar.
A esse fundo vou me agarrar com estes olhos que o mar já comeu, pai dele mesmo...
E dos sorrisos ninguém fala porquê?
Porque de breves brisas ninguém se lembra
Porque também a breve gente ninguém liga.
Como o frio em minha pele
Como garganta que seca progressivamente
Parti desejos moribundos que agora recordo
Perdi, graças a Deus, a oportunidade de continuar assim
Mas bem que o oceano se moveu
Para fazer disto,agora decorrendo, algo impossível.
Que a todas essas almas venha o Diabo e as teça porque de boa vontade estão elas cheias
Que vá para o raio que as parta a doçura com que eu te escrevi
Que venha a divina graça dizer o que correu mal
Vira o tempo e chove o mesmo.
Fartinha me encontro de escrever assim.

sábado, 19 de março de 2011

Água-rás e nada na cabeça.

Histórias de amor são como o Inglês. fica sempre bem. Mas por vezes um cheiro a casa é como uma taça de cereais para mim...
Escreverei aqui um breve testamento de alma enquanto tenho idade para fazer algo assim.
Lembrar-me-ei para sempre do cheiro a água-rás que entra nas vias sem pedir licença e que com ela trás um gosto tão prenunciado a liberdade da adolescência.
Terei na memória o tecto de vidro que se instalou sobre mim fazendo com que me lembra-se de que eu era também transparente.
As pinturas nas portas, algumas com um q.b. de mórbidas, que eu tenho o gosto de trespassar são tão alegres e vivas como o artista que um dia as pintou.
Os gritos, os artistas, o sol pelas vidraças, a estupidez e a parvoíce das miúdas e dos miúdos...
A forma como tentamos (tentávamos) parecer lutadores do mundo com nada mais na cabeça a não ser qualquer coisa e paixão, e por agora é tudo o que precisamos.
Sentam-se agora os meus companheiros de asas num banco velho de autocarro que está no corredor das nossas vidas, o banco tem um rasgão.
Eu agora vou para a aula, o professor chegou.
Fim do testamento.

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